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A ascensão da IA nas relações públicas: um novo caminho para um futuro ainda mais tecnológico

A Inteligência Artificial (IA) entrou em cena nas Relações Públicas (RP), transformando as práticas e estratégias de comunicação para se tornar uma das tendências do setor em 2024. Isto reflete-se na crescente adoção de ferramentas como o ChatGPT e o Midjourney nas tarefas diárias. Ainda assim, são apenas a ponta do icebergue no vasto oceano de possibilidades de IA aplicadas às RP.

Em geral, o setor das relações públicas acolheu bem o aparecimento da inteligência artificial. Um relatório do Institute for Public Relations (IPR) concluiu que 74% dos profissionais de relações públicas melhoraram a qualidade do seu trabalho e 89% são capazes de concluir projetos mais rapidamente graças à IA.

A eficiência e a poupança de tempo são os benefícios mais notáveis, uma vez que a IA permite a automatização de tarefas como a monitorização dos meios de comunicação e a criação de conteúdos. Também oferece maior precisão e capacidade na análise de dados e análise de sentimentos, facilitando a medição da reputação e do impacto de uma marca.

Outras utilizações populares da inteligência artificial nas relações públicas incluem a gestão de campanhas publicitárias com insights estratégicos, a personalização de conteúdos e mensagens ou a utilização de chatbots para gerir áreas de imprensa 24 horas por dia.

A desinformação e a fratura digital, um assunto inacabado

Apesar dos benefícios que oferece, a adoção da IA nas RP também levanta questões éticas, regulamentares e laborais importantes. A União Europeia foi pioneira na aprovação da primeira lei sobre inteligência artificial para evitar violações dos direitos fundamentais devido a aspetos como os enviesamentos nos algoritmos, que também podem afetar a conceção e a execução de campanhas de marketing.

Por outro lado, as preocupações com a desinformação induzida pela IA aumentam a necessidade de ferramentas de verificação mais avançadas e de controlos mais rigorosos para combater as notícias falsas e a utilização não autorizada de imagens pessoais. Em terceiro lugar, a IA ameaça o futuro de empregos cada vez mais especializados (substituindo mesmo as equipas dos meios de comunicação social), o que tem implicações para o mercado de trabalho.

Devemos também estar conscientes de que todas estas ferramentas têm uma curva de aprendizagem e uma evolução rápida, o que exige uma formação e uma atualização constantes. Caso contrário, haverá um fosso digital entre os profissionais que souberam adaptar-se a estas novas ferramentas e os que continuam a trabalhar à maneira antiga.

Como é que as agências de RP se podem adaptar?

Um relatório do Chartered Institute of Public Relations (CIPR), que identifica mais de 5.000 ferramentas já utilizadas no setor, sublinha a necessidade de compreender as aplicações e as limitações da inteligência artificial nas relações públicas para evitar “caminhar sonâmbulo para um futuro tecnológico”. Por outras palavras, é tão perigoso resistir a esta revolução tecnológica como abraçá-la sem pensar nas consequências.

Por exemplo, na Canela temos um grupo de trabalho dedicado a explorar todas as funcionalidades que a IA nos pode oferecer para sermos mais eficientes no nosso trabalho quotidiano dentro da agência e, assim, podermos oferecer um melhor serviço aos nossos clientes. Por outro lado, levamos muito a sério a confidencialidade das informações que tratamos, e é por isso que lançámos o desenvolvimento de um manual interno sobre o tratamento de informações em plataformas e aplicações baseadas em IA.

Os especialistas que estudam este fenómeno também querem enviar uma mensagem tranquilizadora.

Embora a IA ofereça vantagens claras em termos de capacidades analíticas, nunca poderá substituir a perspicácia estratégica e as competências relacionais dos especialistas em relações públicas. A inteligência artificial é mais eficiente no tratamento de dados, mas a inteligência humana continua a ser essencial para tarefas que exigem empatia, sensibilidade e criatividade.

O verdadeiro valor desta revolução tecnológica reside, portanto, na combinação dos pontos fortes analíticos da IA com os pontos fortes relacionais e emocionais humanos. Isto permitirá que as campanhas sejam geridas de forma mais eficaz, deixando mais tempo para alimentar a criatividade e as relações com os clientes, os meios de comunicação social, os jornalistas e os influenciadores. 

Em última análise, a capacidade da IA para revolucionar o setor das RP não depende tanto do desenvolvimento de ferramentas novas e cada vez mais avançadas, capazes de assumir tarefas complexas, mas sim da nossa vontade de nos adaptarmos e inovarmos.

Que ferramentas de IA utilizas no trabalho diariamente? Conta-nos nas redes sociais!

Dianne Vegas é Head of Consumer

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