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As principais tendências das relações-públicas em 2022

3 Janeiro 2022, By Canela

Uma vez mais este ano, os escritórios da Canela em Barcelona, Madrid e Lisboa juntaram-se para escolher as tendências de relações públicas que marcarão 2022. Não foi fácil, mas escolhemos cinco fenómenos que pensamos que deve estar atento este ano se trabalhar em marketing e comunicação.

Novas gerações, novos meios de comunicação

São cada vez mais os influenciadores digitais que migram destas plataformas para os canais de televisão, ilustrando assim o impacto que estes meios digitais estão a ter nas audiências televisivas. Embora tenham vindo dos recordes estabelecidos em 2020 com a pandemia, em 2021 as três maiores plataformas de streaming (Twitch, YouTube Gaming e Facebook Gaming) continuaram a crescer para mais de 25 mil milhões de horas assistidas no total.

Além disso, as plataformas de vídeo a pedido já representam 25% do mercado televisivo. Em 2021 houve marcos como os dois milhões de espectadores que acompanharam a final da La Casa de Papel na Netflix (igualando o programa mais visto na televisão nesse dia). E já não são apenas as gerações mais jovens que escolhem estes novos meios de comunicação, uma vez que 20% dos maiores de 55 anos utilizam periodicamente estas plataformas.

Redes sociais sob escrutínio

Embora a audiência global das principais plataformas sociais tenha crescido 3,8% em 2021, segundo o Statista, serviços como o Facebook e o Twitter têm vindo a perder utilizadores há anos. O Instagram também parece estar a atingir o seu auge, apesar do impulso extra durante o confinamento. Quanto às novas plataformas, estão a ter cada vez mais dificuldade em ganhar uma posição de destaque, como se reflete na subida e queda fugaz da aplicação áudio ClubHouse, cuja utilização diminuiu em 80%.

Ao mesmo tempo, revelações sobre as práticas menos exemplares de algumas plataformas estão a apertar o controlo legislativo sobre as redes sociais. Em 2022, assistiremos a um endurecimento da regulamentação das redes sociais com iniciativas como a Lei de Segurança Online do Reino Unido, que aumenta os requisitos para o controlo de conteúdos nocivos. Novas práticas como o Comércio Social (sessões de venda ao vivo organizadas por influenciadores para encorajar as compras por impulso), que reforçam a natureza comercial deste tipo de plataforma, serão também regulamentadas.

A RSE em todas as campanhas

Responsabilidade Social Empresarial é um termo cada vez mais comum, por existirem cada vez mais empresas a dar importância e a realizar ações neste âmbito. A pandemia, juntamente com outros aspetos tais como preocupações sobre as alterações climáticas, questões raciais ou de género, encorajaram as empresas a mostrar o seu lado social.

Isto também se estende a campanhas de marketing e comunicação e até ao setor dos eventos. Cada vez mais, acrescentar uma componente de solidariedade às ações/campanhas está a tornar-se um requisito fundamental para que os consumidores se identifiquem e percebam que a sua marca se preocupa com mais do que ganhar dinheiro. Ao mesmo tempo, as iniciativas de RSE são um excelente material de relações públicas, fechando assim um círculo virtuoso.

Canela

Hiperpersonalização da comunicação

Big Data, análise da web, inteligência artificial e acesso a dados em tempo real estão a permitir às marcas conhecer os seus clientes melhor do que nunca. E o passo lógico seguinte é a hiperpersonalização, que consiste em oferecer a experiência mais individualizada possível em cada fase da viagem do consumidor: desde a visita a um website ou rede social, ao consumo de conteúdos, às compras online ou mesmo ao próprio produto. A hiperpersonalização ajuda a conectar com o público e em 2022 veremos uma maior personalização em áreas como a publicidade digital, o inbound marketing e o marketing de conteúdo.

Ao mesmo tempo, vemos também meios de comunicação a exigir conteúdos hiperpersonalizados. Devido às reduções e cortes de pessoal nas redações, os meios de comunicação precisam de receber conteúdos de qualidade adaptados ao seu tom e estilo, de modo a terem textos realmente úteis e publicáveis. Se nos últimos anos temos vindo a falar de uma tendência de afastamento do correio em massa de comunicados de imprensa, estamos agora a falar em oferecer a cada meio de comunicação conteúdos exclusivos que, embora fiéis às mensagens da marca, são adaptados às necessidades desse meio.

Conteúdo: quanto mais curto e mais visual, melhor

É curioso notar que, numa altura em que os algoritmos do Google parecem favorecer conteúdos mais longos e mais detalhados, os conteúdos curtos mostram as taxas de engagement mais elevadas. A explicação parece dever-se ao declínio progressivo da atenção da audiência: alguns estudos dizem que a nossa atenção começa a diminuir 5 segundos após ter sido exposta a um estímulo, enquanto há duas décadas era de 12 segundos.

A ascensão dos dispositivos móveis, onde a leitura é mais aborrecida, é outra das chaves para a crescente preeminência de conteúdos mais curtos. Curiosamente, mesmo em casas com um computador, o telemóvel tornou-se o dispositivo mais utilizado para navegar na Internet – ainda que o consumo de internet através da televisão sejam aquele que mais tem aumentado. E o conteúdo mais consumido é o vídeo online, as redes sociais e as notícias. Portanto, se quiser que as suas mensagens cheguem ao seu público em 2022, procure textos curtos, acompanhados de imagens ou, melhor ainda, vídeos curtos que possam ser compreendidos sem ativar o som. Isso é o que é mais popular!

Nos próximos meses, vamos desenvolver estas tendências em profundidade. Siga-nos nas nossas redes sociais e subscreva o nosso podcast para não perder nada!