Insights

Novos tempos, novas formas de nos relacionarmos com os jornalistas e influencers

20 Maio 2021, By Canela

Como em tantos outros aspetos, a pandemia fez acelerar a transformação das relações entre as marcas e as agências, por um lado, e os media, jornalistas e influencers, por outro. Uma tendência das relações públicas que pensamos que se consolidará em 2021. Conferências de imprensa maciças, eventos habituais ou o envio massivo de comunicados de imprensa estão a tornar-se uma coisa do passado. Quer saber quais são as novas formas de interação com os meios de comunicação social que vieram para ficar?

Desde o envio até à partilha de comunicados de imprensa

Uma das funções mais comuns e conhecidas das agências de comunicação é o envio de comunicados de imprensa para os meios de comunicação social. Tradicionalmente, a divulgação de comunicados de imprensa era um processo de sentido único: a agência selecionava uma lista de destinatários, enviava-lhes a informação e depois fazia o acompanhamento para ver se publicavam a notícia ou o conteúdo.

Agora, porém, estamos a evoluir para uma abordagem mais bidirecional: a agência, ou a marca, partilha a informação na Internet e os jornalistas, bloguers e influencers acedem à mesma quando e onde quiserem. Nesta nova forma de trabalhar, os portais de imprensa da marca estão a tornar-se cada vez mais importantes, e devem estar o mais completo possível (comunicados de imprensa, perfil da empresa, imagens de instalações e produtos, biografias dos porta-vozes, etc.), para que os comunicadores que precisam da informação possam aceder-lhe a qualquer hora do dia. Portais de comunicados de imprensa como o Bhalia são também cada vez mais utilizados, onde, para além da publicação de comunicados de imprensa, estão disponíveis artigos de opinião e outros conteúdos da marca.

Dos eventos massivos aos eventos exclusivos

Algo que mudou inevitavelmente desde a chegada da pandemia são os eventos, que são agora mais virtuais do que nunca, embora pouco a pouco se observe que as marcas e as agências estão a retomar timidamente os eventos presenciais. E embora virtuais, desde Março de 2020 os eventos não pararam, mas a tendência é evoluir para eventos muito menores, exclusivos e mais espaçados no tempo do que antes da pandemia. Por exemplo, em vez de reunir todos os meios de comunicação social todos os trimestres para anunciar os seus novos produtos, uma empresa tecnológica pode organizar um evento de lazer como um showcooking ou uma masterclass com um grupo selecionado de peritos e influencers (sempre com as medidas de segurança adequadas que marcam a pandemia). Isto permite estabelecer uma relação mais personalizada entre a marca e os media que, embora não se traduza numa cobertura imediata, será muito benéfica a médio e longo prazo.

Canela

Do sourcing a plataformas especializadas

Outra forma tradicional de chegar aos media é posicionar os porta-vozes das empresas como especialistas na sua área e tentar que os jornalistas os considerem como fontes para as suas histórias. Isto exige um trabalho demorado e meticuloso de visita aos meios de comunicação, artigos de opinião, organização de entrevistas, e assim por diante. Por sua vez, os jornalistas nem sempre tiveram acesso rápido aos peritos e fontes de que necessitavam, porque as empresas eram frequentemente lentas a responder aos seus pedidos.

Atualmente, o acesso a estas fontes é muito mais fácil graças a plataformas como o Reportaro em espanhol ou Help a Reporter em inglês. Nestes sítios, os porta-vozes das empresas podem inscrever-se como peritos nas suas áreas e colocar-se à disposição dos jornalistas para colaborar como fontes nas suas histórias (e assim ganhar visibilidade). Para as agências, estes portais também nos ajudam a encontrar novas oportunidades editoriais para que os porta-vozes das marcas que representamos sejam apresentados nos meios de comunicação social.

Do conteúdo padrão ao conteúdo personalizado

Como vimos, as Relações Públicas na era pós-pandémica serão mais bidirecionais, virtuais e exclusivas. Isto também se estende ao conteúdo, que está a tornar-se cada vez mais personalizado de acordo com o jornalista ou influencer que o irá receber. Novos formatos como pequenos conteúdos, imagens, infografias, micro-vídeos, animações, podcasts, GIFs, memes… também estão a ser experimentados.

Desta forma, tanto o conteúdo como a forma apontam para a personalização. A partir das mensagens e materiais fornecidos pela marca, cada comunicador pode contar a sua própria história adaptada ao público, ao meio e ao contexto em que trabalha.